Quando eu era criança, eu adquiri um medo muito grande de cachorro, um verdadeiro pavor.
Qualquer raça ou tamanho, se eu visse um cachorro cortava voltas, me apavorava.
Minha mãe, tem três marcas de mordidas enormes nas coxas.
Ela conta que quando era adolescente, um cão da raça pastor alemão a atacou, quando ela entrou em um quintal, de uma família que ela conhecia. Ele ficou carregando ela pela perna para todos os lados daquele quintal.
Ela conta ainda, que conhecia a família e que já teria frequentado essa casa por diversas vezes, então o cachorro também a conhecia”, mesmo assim a mordeu…
Lembro que nós cogitávamos a hipótese de termos um cãozinho, e minha mãe dizia que, se ele entrasse por uma porta ela sairia pela outra. Ela precisava apelar.. não éramos muito obedientes…
Nós todos, meus irmãos e eu, crescemos muito traumatizados.
Até que um dia, eu me casei, comecei a ter contato com uma menina que tinha e amava seus cãezinhos como filhos, então, disse a ela que gostaria de ter também. Ela conseguiu para mim em adoção, um vira-latinha de rua, que havia sido atropelado e quebrado a bacia (o meu Totó). Fomos buscá-lo no abrigo de moto.
Quando chegamos com meu novo cãozinho na loja em que trabalhávamos, deixamos ele no cantinho, em uma caixinha com água, comida e coberta, até a hora de irmos embora.
Quando eu tentava me aproximar dele “ele rosnava para mim”; “Eu pensei: aonde eu fui amarrar meu bode”. E eu havia assinado um termo de responsabilidade lá no abrigo, não poderia abandoná-lo nem se eu quisesse…
Depois eu entendi : Ele rosnava, porque ele estava com dor, não queria que ninguém o tocasse e não me conhecia, não sabia que eu apenas queria cuidar dele. E eu, naquele primeiro momento, queria devolvê-lo, porque eu não o conhecia, pensei que a qualquer minuto ele poderia me morder.
Nos conhecemos, nos tornamos melhores amigos. Meu esposo e eu ensinamos ele a voltar a andar. Hoje ele está conosco fica todo serelepe quando eu cuido, dou atenção pra ele. Assim acontece em todas as relações, precisamos conhecer, verdadeiramente, um ao outro.
O que eu quero dizer com essa história, é que formamos pré-conceitos diante de coisas que não conhecemos. Eu aprendi muito com esse meu primeiro filho peludo e posteriormente com meus outros dois que adotei também.
Aprendi a ser menos nojenta, eu tinha nojo de pelo, até de dar banho neles, tinha nojo de vasilhas com restos de comida (hoje em dia dou banho, se precisar toso, lavo vasilhas normalmente kkk ). Aprendi a ser mais paciente, menos covarde, mais atenciosa. Quem tem sabe como eles nos ensinam.
Podemos estar sujos de “caca”, dos pés á cabeça, que eles nos querem da mesma forma. Eles pensam serem membros da família, “uma pessoa”. Eles possuem uma capacidade de nos perdoar… Eles pensam que a missão deles é nos proteger.
Por isso latem quando um desconhecido se aproxima. Eles meio que dizem: “Se você fizer algo com minha mãe eu te mordo, olha meus dentes como são afiados, rsrs”…
Por isso, o animalzinho que mordeu minha mãe a atacou, ele a viu como uma ameaça aos seus tutores. Ele estava tentando tirar ela de dentro da casa deles.
Pode acontecer de o cãozinho estar com alguma doença também, de raiva, ou ser um cão que foi treinado a um comportamento agressivo, mas hoje, olhando de perto vejo, que até para esses cãezinhos, deve existir alguém que os conheça e que eles confiam serem cuidados.
Minha poodlezinha, a Pipoca, quando chegou na minha casa, já tinha dois anos de idade. Eu ainda não havia entendido muito sobre cachorro e ainda tinha muito medo(até hoje evito cães que não me conhecem e que estão longe de seus tutores rsrs). Ela latia pra mim, no terraço da minha casa. Ela não sabia quem eu era. Hoje ela me defende, chega alguém ela já começa a ficar inquieta e rosnando. Enquanto ela não percebe que é alguém conhecido ela não acalma…
Cachorro pode ter depressão, pode ter gravidez psicológica. A vida do cachorro é esperar por nós. Eles ficam só pertinho do dono. Eles riem com o rabo. Quando saímos um pouco, e eles precisam ficar em casa é o maior sofrimento para eles… Se vamos no quintal e voltamos eles fazem festa.
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